segunda-feira, 26 de maio de 2008

Entrevista com João Marcelo Bôscoli

Ivoneth Merlin

Holofote Digital - O disco como suporte físico acabou?
João Marcelo Bôscoli - Não o disco como suporte físico não acabou. È usado como DVDs, games – ainda, por mais incrível que pareça – obras musicais, com os CDs. Ainda vai durar um bom tempo. Porém, isto não quer dizer que outros suportes e técnicas de compressão e encoding não estejam evoluindo a cada dia. O presente e futuro são multiformatos.

HD - Como a música será consumida no futuro? Quem paga a conta?
JM - Gosto de pensar em música como água, saindo de todas as torneiras em todo planeta, com valor acessível, tipo contas de luz, gás e água, cobrados periodicamente ou por uso imediato. Eu visualizo bilhões de músicas existindo na web, disponíveis para o público sem processos e problemas. Acho que o que Radiohead fez foi incrível. Eles estão abrindo os olhos das indústrias. Esse é um pequeno passo para o que está por vir. Há tantas possibilidades...

HD - Qual é a principal vantagem dessa época em que estamos vivendo?
JM - Descentralização do poder. O que era privilégio de algumas corporações, hoje já é dividido por centenas de milhões de pessoas. Compor, produzir, distribuir, vender, apresentar... tudo isto hoje é quase tão acessível quanto um violão. E, o melhor, pode ser feito tudo do seu quarto. É bom ver grandes corporações tendo que se dobrar ao individuo e perdendo poder. E ainda por cima fazendo campanhas milionárias para dizer que é contemporâneo e que está gostando desses novos tempos. Hilário.

HD - Que artistas você só conheceu devido às facilidades dos tempos atuais?
JM - Hoje em dia posso dizer que eu já perdi a conta.

HD - O estado da indústria da música atual já realizou algum sonho seu que seria impossível em outro momento?
JM - Sim, vários. Por exemplo: um player pequeno, com som razoável eu conhecia desde os oito anos de idade. Agora, um player onde caiba milhares de músicas ao mesmo tempo, tal qual um cassete, comprar e receber em casa a obra física ou simplesmente comprar só a faixa desejada, tudo pelo computador da sua casa. Isto sim é incrível.

O Futuro da música

Ivoneth Merlin

O “dia da caça” está chegando. Logo serão os fãs que decidirão quanto pagar pelo álbum de música desejado. Graças à Internet e à iniciativa de alguns artistas, os amantes da música poderão ter acesso às obras sem precisar pagar os altos preços cobrados pelo mercado. Esta é uma iniciativa que marca uma nova fase da indústria fonográfica, onde os lançamentos na internet e por selos independentes são as armas para fazer frente às grandes gravadoras.

O Radiohead, uma das bandas de rock mais influentes da última década, anunciou em outubro do ano passado que seriam os fãs que decidiriam quanto pagar pelo novo álbum. Desde então, milhares de pessoas fizeram o download de "In Rainbows" em MP3, formato no qual o álbum foi lançado. Outras bandas como o Nine Inch Nails, seguem o mesmo estilo e lançam seu mais novo CD pela internet.
Muitas empresas do ramo musical vêm sofrendo perdas significativas, e baixar música pela internet tem se tornado cada vez mais normal para os aficionados em música. Será que a internet salvará a indústria fonográfica?

O guitarrista e tecladistas da banda de rock, Pleasure Maker, em começo de carreira, Sandro Rossi, 25 anos, aprova a iniciativa. “O que o Radiohead fez foi, no mínimo, revolucionário. Acabou abrindo várias portas para todos que queriam mostrar sua música por ai”.

O fundador e presidente da Trama, João Marcelo Bôscoli, filho da cantora Elis Regina e do compositor Ronaldo Bôscoli, já mostrou que uma das soluções para resolver o problema da indústria fonográfica é usar a Internet como aliada. Este é o objetivo do site TramaVirtual, como um espaço on-line, onde artistas independentes podem colocar suas músicas para os usuários baixarem, gratuitamente. O site hoje tem mais de 100 mil arquivos de música digital, 41 mil bandas cadastradas e registra, em média, 800 mil downloads por mês. Desde julho, os artistas passaram a receber por esses arquivos baixados. Voltar.

Leia Mais:

Bossa e Jazz se encontram em Copacabana

Ivoneth Merlim

Tudo começou em Copacabana, no lugar que ficou conhecido como Beco das Garrafas. Ali nasceu o gênero musical que se tornaria referência carioca para várias gerações de artistas. O ritmo ficou conhecido na voz de importantes personalidades da música brasileira como, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto, Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Sylvia Telles, Roberto Menescal, Luiz Eça e Baden Powell. Estamos falando da Bossa Nova! Cinqüenta anos depois, a Bossa continua Nova e renovando seu público de admiradores em todo o mundo.

Apesar de brasileiríssima é tão internacional quanto o bairro em que ela nasceu. E é em Copacabana o lugar onde fica o Allegro Bistrô Musical, que comemora o aniversário da Bossa Nova unindo este gênero ao Jazz, em uma combinação perfeita e de muito bom gosto, presenteando os apreciadores da boa música, todas as quintas-feiras, no início da noite.

O Allegro Bistrô Musical funciona há oito anos na tradicional loja de discos Modern Sound, fundada em 1966. O espaço é moderno e aconchegante. O serviço é de primeira e a música fica por conta da banda Bossa Jazz Trio, formada por Paulo Russo (contrabaixo), Mauro Senise (saxofone e flauta) e Alberto Chimelle (piano).

A banda foi a principal incentivadora do Bistrô Musical e diz estar muito satisfeita com a aceitação do público. “Estamos na estrada há muitos anos, tocando em vários países da Europa e nos estados Unidos. Apesar de constatar que lá fora a aceitação do público à Bossa Nova é bem mais expressiva do que aqui no Brasil, estou muito feliz com este projeto que dura oito anos”, comenta Paulo Russo.
Serviço:
www.modernsound.com.br
Modern Sound
Rua Barata Ribeiro, 502
Fone: 2548-5005

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Show: MV Bill comemora sucesso de rádio, no Circo Voador

Júlia Pedro

Às 13 horas do dia 4 de junho de 2007 estreava na rádio Roquette Pinto, 94,1 FM – Rio de Janeiro, o programa A Voz das Periferias, apresentado por MV Bill e DJ Roger Flex. Ao longo destes quase 365 dias o programa tem conquistado um grande número de ouvintes, dentro e fora da cidade. E em comemoração deste primeiro ano de sucesso, o Circo Voador será o palco do que promete ser mais um marco para os fãs do estilo Hip Hop. A lona vai receber amigos, ouvintes e admiradores não só do trabalho de MV Bill, mas também do programa e quem passar por lá não vai se arrepender!
A intenção é dar a festa o mesmo clima de descontração do programa, com os clássicos do Hip Hop, mas sem esquecer das novidades. Sorteio de brindes também fará parte da festa, sem esquecer daquele algo a mais que o rádio não tem: imagem! Ao longo da noite participações de peso como DJ King (SP – Selo Crown), Mister Bomba (MC e produtor do SP Funk) e B-Boys, todos especialmente convidados para esta ocasião. Para finalizar MV Bill sobe ao palco trazendo um show lotado de novidades!

O “A Voz das Periferias”, que é exibido diariamente entre 13h e 14h, contou com o apoio do governador Sérgio Cabral, quando representantes de comunidades do Rio participaram de uma reunião no Palácio Guanabara. Na ocasião, MV Bill pediu para voltar a fazer o programa que teve sua primeira edição quando Benedita da Silva, atual secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, era governadora. Após seu mandato, o programa foi extinto, e novamente incluído na grade da programação da rádio em maio deste ano.
Em sua retomada, a rádio expandiu sua programação que vai do samba de raiz a musica clássica, passando pela bossa nova e MPB. A nova proposta tem colaboradores de peso como o compositor Nelson Sargento, o músico João Roberto Kelly e o cantor Pery Ribeiro.

A comemoração está marcada para o dia 9/05 a partir das 22h. Garanta seu ingresso!

Saiba mais: www.circovoador.com.br